O Presidente da república ressaltou o papel das mulheres em várias esferas da sociedade são-tomense. Carlos Vila Nova considerou as mulheres como verdadeiras educadoras, defensoras de valores e construtoras de esperança para as gerações futuras.
O elogio do chefe de Estado ao papel das mulheres do seu país aconteceu durante a celebração do dia 19 de setembro, dia consagrado as mulheres de São Tomé e Príncipe. Representantes de todas as franjas da sociedade feminina participaram sexta-feira 19, na celebração de mais um aniversário do dia das Mulheres de São Tomé e Príncipe.
A ministra da justiça, assuntos parlamentares e direitos da mulher lembrou o papel das mulheres na luta pela independência do país. “A manifestação de 1974 impulsionada tanto pela exigência pela independência quanto pela luta das necessidades básicas de sobrevivência estabeleceu a mulher são-tomense como um braço potente na sua luta e na fundação da republica”, lembrou a Ministra da justiça, assuntos parlamentares e direitos da mulher.
A governante reconheceu o que considera de uma notável evolução desde a luta colonial da mulher até os tempos atuais. ”A coragem de exigir a independência no âmbito político abriu caminho para que as mulheres exigisses e conquistasses espaços em outras esferas. Hoje a nova geração de mulheres domina o ensino superior e ocupam posições de destaque. O percurso de vendedora de peixe para médica, jurista, gestoras de empresas, ministras, deputadas, jornalistas e não só, é a prova tangível do legado das carreiras de 1974”, acrescentou Vera Cravid.
Carlos Vila Nova que presidiu o ato central das atividades para assinalar a efeméride, considerou as mulheres como verdadeiras educadoras, defensoras de valores e construtoras de esperança para as gerações futuras.
O presidente da república rememorou a histórica manifestação de 19 de setembro que deu lugar ao surgimento da primeira organização da mulher do país e lembrou as palavras da saudosa Alda do Espírito Santo. ”A mulher são-tomense com a sua coragem silenciosas soube transformar sofrimento em luta e a luta em esperança”. Carlos Vila Nova sublinhou que desde essa altura as mulheres têm contribuído para cada etapa da história recente do país.
“Na educação como professoras e formadoras de geração, na saúde como médicas, enfermeiras e cuidadoras, nas Forças Armadas e serviços de segurança, enfrentando desafios de coragem antes impensáveis, na política onde têm conquistado espaços de decisão e de liderança, destacando-se a aprovação da lei da paridade, passo decisivo para maior igualdade de gênero nos órgãos de decisão”.
O chefe de estado que presidiu o ato central de 19 de setembro, dia da mulher são-tomense lamentou, entretanto que em alguns casos as mulheres continuam a auferir rendimentos inferior ao dos homens elogiou o fato delas conseguirem encontrar mecanismos de sobrevivência.
“As mulheres apesar de em média possuírem rendimentos inferiores aos homens conseguiram arranjar mecanismos de resistência, de sobrevivência e de adaptação face as novas realidades que se foram impondo”, disse. Carlos Vila Nova abordou também o assunto incontornável da vivencia social em são-tomense príncipe. “Não obstante os avanços, ainda persistem grandes desafios.
A violência doméstica, o abuso de menores, o desemprego, particularmente no seio da camada feminina”, lembrou Carlos Vila Nova considerando que “as mulheres são as mais afetadas durante as crises”.
Ato central para a celebração do dia da mulher são-tomense reúne no palácio dos congressos centenas de participantes numa atividade que as autoridades procuram unir todas as mulheres, não importa que ramo partidário pertencem.
M. Barro