Vitrina - 27.11.2025 - São mais de 1150 trabalhadores que estão há quase seis meses sem salários e sem emprego. Pertencem ao antigo Gime (Grupo de Interesse de Manutenção de Estradas) que se transformou na Federação Nacional de Manutenção de Estadas (FENAME). Trabalharam na limpeza das estradas com base num contrato de um ano, assinado com o governo, e cinco meses de salários ficaram sem pagar desde maio deste ano.
Além da falta de salário o contrato de trabalho chegou a fim, também desde maio, e agora estão no desemprego.
Aflitos, pediram audiência ao Presidente da República que esta quarta-feira recebeu uma representação da FENAME, liderada pelo seu presidente, Clementino Santos. Pediram ao chefe de Estado, Carlos Vila Nova, para exercer a sua “magistratura de influência” junto do executivo para que os salários em atraso sejam pagos.
“Nós temos trabalhos totalmente feitos com cinco meses de atraso de pagamento, desde janeiro até maio, não recebemos até então e estamos seis meses parados, sem contratos, sem atividades e isso preocupa-nos muito”, lamentou o presidente da FENAME.
Por isso, Clementino Santos chefiou um grupo de membros da federação a solicitar apoio de Carlos Vila Nova para que intervenha junto do governo para o pagamento de cinco meses de trabalhos atrasados e uma eventual recondução desses trabalhadores aos seus trabalhos.
“A FENAME tem 1165 cantoneiros a nível nacional, todos estão sem salários e mais 60% são senhoras chefes de família”.
Estão desempregados, com salários atrasados e sem uma perspetiva de vida. Esta quarta-feira descreveram a situação ao presidente da república durante uma audiência no palácio presidencial.
“Nós viemos pedir ao sr. Presidente da República que usasse a sua magistratura de influência junto dos membros do governo a fim de resolver a situação do pagamento em atraso e ativar novamente a nossa atividade, tendo em conta que as pessoas precisam de trabalho”, disse Clementino Santos.
O recurso da FENAME ao presidente da república surge depois de várias tentativas falhadas de encontros com o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas, este último que tutela o setor.
“Com o governo nós pedimos audiência com o sr. Primeiro ministro por duas vezes e não fomos recebidos, fizemos pedidos também ao ministro das obras públicas, não nos recebeu, o ministro das finanças recebeu-nos uma vez, e queremos agradecê-lo pelo gesto que fez em nos apoiar com arroz para os nossos cantineiros, mas nesse momento que nós estamos com problemas de salários, pedimos uma audiência, mas ainda não fomos recebidos”, explicou o presidente da Federação Nacional de Manutenção de Estradas, FENAME.
M. Barros