Governo reconhece que combate a corrupção exige capacidade técnica avançada

Governo reconhece que combate a corrupção exige capacidade técnica avançada

Vitrina, 11.12.2025 - A ministra da Justiça, assuntos parlamentares e direitos da mulher, reconheceu que não é fácil combater a corrupção. Vera Cravid diz que o crime de corrupção está a ficar cada vez mais sofisticado que o seu combate exige capacidade técnica avançada, domínios de mecanismos financeiros, leitura de fluxos bancários, cooperação institucional e coordenação de novos padrões da criminalidade económica e financeira”.

A ministra da justiça falava na abertura de uma formação é organizada pelo Ministério da Justiça, assuntos parlamentar e direitos da mulher, com apoio técnico e financeiro do Fundo de Consolidação da Paz das Nações Unidas promoveu uma formação sobre investigação financeira em casos de corrupção que decorreu na capital são-tomense durante quatro dias.

A governante reconhece que a corrupção lesa a “integridade das instituições” e “a confiança pública do próprio estado”.

A ministra da justiça, Vera Cravid deixou claro que a corrupção “deixou de ser um fenômeno meramente administrativo para se tronar crime altamente sofisticado, muitas vezes transnacionais, digital e profundamente ligada a branqueamento de capitais, fraude e abuso de funções”.

Apesar de não referir que o país padece desse mal que prejudica seriamente a economia e a imagem do Estado, o governo reconhece que São Tomé e Príncipe enfrenta “uma criminalidade econômica cada vez mais complexa”, muitas vezes alimentada por deficiências estruturais, “sistema financeiro ainda vulnerável, limitações técnicas, pouca digitalização dos processos e ausência de dados integrados”.

Nos últimos anos o país assistiu a diversos casos que envolveram atos de corrupção, sobretudo nas assinaturas de contratos e execução das obras, cujas denúncias se limitaram apenas as redes sociais e feitas por cidadãos anônimos.

“Investigar a corrupção exige hoje capacidades técnicas avançadas, domínios de mecanismos financeiros, leitura de fluxos bancários, cooperação institucional e coordenação de novos padrões da criminalidade económica e financeira”, justificou Vera Cravid.

Defendeu, contudo, que o país “está a dar passos firmes com reforços das leis de prevenção e combate a corrupção, melhoria de quadros institucional, maior cooperação internacional e maior exigência social para a transparência”.

Conceito e tipologia de grande e pequena corrupção, importância da ética e da integridade na administração pública, instrumentos e medidas de prevenção de combate a corrupção, impacto e consequências da corrupção nas organizações da sociedade e contam-se entre uma dezena de temas discutidos durante esta formação.

Agentes da polícia nacional, polícia aduaneira, da PJ, do Ministério Público e dos tribunais e representantes dos diversos ministérios foram os participantes desta formação de quatro dias.

M. Barros

Deixe uma resposta

Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado

Notícias relacionadas

Siga-nos aqui

Principais categorias

Comentários recentes

Aceite os cookies para obter um melhor desempenho